terça-feira, 10 de outubro de 2017
Destaques Preparação para as novas normas contábeis ? sua empresa está preparada?
Em 1º de janeiro de 2018, dois novos pronunciamentos contábeis entrarão em vigor e vão modificar as normas para o reconhecimento contábil de Receitas (CPC47/IFRS15) e Instrumentos Financeiros (CPC48/IFRS9). Sendo assim, a data-base da última demonstração financeira anual antes dessa implementação será 31 de dezembro de 2016.
A data de vigência da nova norma sobre receita em 2018 parece estar muito distante. Porém, as empresas não podem alterar sistemas, processos e controles da noite para o dia. Os esforços de implementação, portanto, não devem ser subestimados.
Embora algumas empresas já tenham iniciado as suas análises, muitas continuam a postergar as suas implementações, talvez por aguardar possíveis esclarecimentos sobre a norma ou na esperança de um novo adiamento. Há ainda outras entidades que concluíram uma avaliação de alto nível, mas não deram o passo seguinte.
Compreender o panorama geral é um bom ponto de partida, mas muitas questões não ficarão evidentes até que as empresas analisem os detalhes de como a diretriz irá se aplicar às suas transações. Elas precisarão de um tempo adequado para compreender as implicações e considerar se desejam fazer mudanças em seus acordos contratuais ou estratégias de negócio como consequência.
Uma implementação bem-sucedida requer planejamento cuidadoso. O primeiro passo é avaliar os requisitos de contabilização e divulgação para todas as transações envolvendo receita segundo a nova diretriz. Com base nessas conclusões, as empresas deverão identificar, elaborar e implementar quaisquer mudanças necessárias em seus sistemas, processos e controles. Na fase final, é necessário testar quaisquer controles novos ou modificados a fim de evitar surpresas no ano de adoção. Embora cada empresa seja diferente, cada uma dessas fases pode demorar, no mínimo, vários meses. Sendo assim, as empresas devem se planejar de maneira adequada.
A complexidade no processo de adoção das novas normas pode variar de forma significativa de uma entidade para a outra. Assim, antecipar a avaliação dos potenciais impactos é a melhor forma de conduzir um processo de transição eficiente. Os benefícios são vários. Entre eles, permitir o diagnóstico tempestivo de impactos em covenants de contratos de financiamentos e acordos regulatórios, mais eficiência no planejamento do processo de comunicação das modificações das demonstrações financeiras aos investidores e outros stakeholders, e redução do risco de erros e possíveis reapresentações “restatements” nos exercícios seguintes.
Por todos os fatores listados, é fundamental as empresas avançarem.
Via Rede Jornal Contábil